O acervo e espaço da Biblioteca Thiago de Mello, do Colégio Friburgo, transformam a vida de alunos, professores e colaboradores da escola
Há 15 anos, o Colégio Friburgo recebia o poeta amazonense Thiago de Mello em uma visita memorável. Com apresentações dos alunos do Fundamental I e do Fundamental II e o início da mostra de artes Articulando, a escola reinaugurava sua biblioteca, que passou a levar o nome do poeta. Nesses anos, seu amplo espaço, moderna estrutura, salas de leitura e grande e variado acervo têm sido diferenciais na formação dos estudantes do Friburgo, do Parâmetros e da Educação de Jovens e Adultos (EJA), apoiando e auxiliando colaboradores e professores na missão de educar.
Também construindo uma visão maior de mundo e inspirando sonhos, com seus momentos de contação de histórias, possibilidade de pesquisas e obras que vão de encontro aos anseios de cada leitor. Ou como diz a bibliotecária Mônica Cyrillo Blum, em seus esforços para fisgar a imaginação tanto dos pequenos quanto dos mais velhos: “Trazendo a cada leitor seu livro e a cada livro seu leitor”.
Opções não faltam. Atualmente, são 11.217 obras de todos os gêneros, dos infantis aos didáticos, passando por juvenis, conhecimentos gerais e literatura em línguas estrangeiras. Sem gastar muito tempo, é possível encontrar uma edição antiga, ilustrada – e pesadíssima – da Bíblia Sagrada; admirar os desenhos de Gustavo Doré no clássico Dom Quixote de La Mancha, de Miguel de Cervantes, em vários volumes; ou emprestar obras atuais, como O Povo contra a Democracia, de Yasha Mounk, ou Armas, Germes e Aço, de Jared Diamond, que é usado como referencial em um itinerário do Ensino Médio.
Mônica Blum conta que durante anos a biblioteca manteve várias enciclopédias. Obras como a Barsa e a Britânica estavam a disposição para os estudos. A consolidação da internet mudou tudo. “Hoje temos só a Larousse. Mostro para a garotada e eles até brincam, dizendo que se trata da bisavó do buscador Google”, diverte-se. Na verdade, o que não falta é novidades para quem gosta ou está aprendendo a gostar de ler. “Biblioteca não é museu. É um organismo vivo, que forma e transforma vidas”, explica ela.